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Dos homens livres a sorte!
Embora depois a morte
M'arrebate de prazer!
Comtanto, que venturoso,
Eu diga um dia gostoso,
Já livre posso morrer!..
A ave de ramo em ramo,
Porque canta prazenteira?
Porque gosa o bem supremo
Da liberdade fagueira!
Se a escravisassem, gemera,
E de saudades morrera!..
Que direito tens, oh! homem,
P'ra teu 'scravo me tornar?!
Quem te dictou essa lei
Do meu amargo penar?
Não te accusa a consciencia ?
Não vez a minha innocencia ?
E não tenho como tu,
Uma alma, um coração?
Como tu não poderei
Sentir d'amor a paixão?
Até á gloria aspirar,
E no mundo fulgurar?